A ciência nunca para, sempre existem novos estudos para tudo, e quem está envolvido no mundo da eletrônica, não tem a obrigação de saber, mas todo amante da eletrônica é igual a mulher curiosa, sempre quer saber de tudo.
Recentemente fiquei sabendo que foram feitos estudos com o objetivo verificar o efeito do “diodo emissor de luz” no tratamento da dor crônica em pacientes portadores de fibromialgia.
Para quem não sabe, a fibromialgia é uma espécie de reumatismo crônico, e tem como principais características a rigidez e dores no sistema músculo-esquelético de intensidade variada e espalhada com múltiplos pontos dolorosos, e também causa disfunções orgânicas.
Os tratamentos propostos para os pacientes com dor podem ser medicamentos ou tratamentos alternativos como a massagem, hidroterapia, acupuntura e terapia com luz.
Uma das terapias utilizadas nas intervenções de enfermagem é a terapia de baixa intensidade óptica através do laser de baixa potencia (LPB) ou do diodo emissor de luz (LED).
LED é a sigla em inglês para Light Emiting Diode, ou seja, diodo emissor de luz, que consiste num diodo com junção PN que quando passa energia por ele, uma luz é emitida, esse componente é muito familiar de qualquer iniciante em eletrônica.
O LED apresenta ausência de coerência e colimação, mas apresenta efeitos biológicos ao ter a sua luz absorvida pelos cromóforos teciduais, o que vem a causar o aumento do metabolismo celular e a liberação de substâncias que acarretam na diminuição da intensidade da dor, e até causa analgesia.
A luz que o LED emite é monocromática, mas sempre que olhamos para um LED aceso o vemos acender colorido, mas é bom deixar claro que a cor depende do cristal, além do mais, os LEDs comuns não deram bons resultados, mas o LED do tipo infra-vermelho, ou seja, aquele que emite luz acima da faixa que os olhos podem ver, deu resultados positivos.
A experiência negativa de dor dos fibromiálgicos é vivenciada em todas as dimensões, e isso faz com que sejam procuradas terapias complementares, então porque não tentarmos o “nosso próprio remédio caseiro?”, uma coisa é certa, se o resultado não for a melhora, mal também não irá fazer.
Procurei escolher componentes simples e baratos, até para dar a oportunidade para aqueles que conhecem bem pouco de eletrônica, apenas um pouquinho esforço e todos poderão tentar, e ver ser funciona para si mesmo.
Na saída utilizei LEDs infravermelho, mais precisamente 3 unidades de TIL 32, mas os diodos de controle remoto que não tem mais aparelhos para acionar podem ceder esses LEDs para o esse projeto.
O transistor BC338 e o TIP31 tem posição certa para soldar, os LEDs infravermelho também tem posição, são colocados 3 diodos infravermelho em paralelo, obviamente que foi projetado apenas um módulo, mas se o montador achar que o projeto lhe serviu, pode fazer mais módulos iguais e acender mais LEDs por vez.
O CI 555 já é nosso velho conhecido, dispensa maiores comentários, apenas cuidados na hora de soldar e conferir se a ligação feita é a ligação indicada, ou seja, não podem ser trocados os terminais.
Na prática, o circuito é um oscilador, e com os componentes indicados oscila em aproximadamente 250 Hz, então surge a pergunta: Porque não deixar os LEDs acesos direto e massagear assim mesmo?
A resposta é que oscilando a luz emitida tem maior penetração na pele, além disso, gasta apenas a metade da energia, só o item energia já seria justificável fazer com que ele oscile.
Tudo montado e conferido? Então pressione CH e o circuito estará funcionando, mas você não verá nenhum LED aceso, lembra que são LEDs infravermelho?
Bem, o teste de funcionamento consiste em colocar uma câmera de celular ou outra qualquer e ver no monitor da câmera (tela do celular) se os LEDs acendem com a CH pressionada, ao soltar, os LEDs apagam o circuito fica em espera.
Testou e funcionou? Muito bem, agora massageie suavemente por minutos aqueles locais onde existem dores reumáticas, lembre-se que os LEDs devem ser fixos de forma que apontem para o corpo e sejam levemente movimentados.
Boa sorte, e melhoras com sua fibromialgia.